sábado, 28 de abril de 2007

Falência múltipla de orgãos


Gente,

Não sei o que está havendo... meu computador resolveu partir desta para melhor aos poucos, e está me deixando em pânico.

Ontem o monitor maior não ligou nem a porretadas, por sorte tinha um antigo e pebíssimo e coloquei no lugar.

Hoje os fones não funcionam, ele está surdo e me deixa surda, é patético!

Qual será o próximo defeito??

Por isso meus 3 leitores (ou falo direto pro Rafa e paro de me iludir q tenho outros leitores assíduos além dele?) caso eu desapareça por algum tempo...EU NÃO CAÍ DA CORDA!!!!!

Mas que esse computador tá querendo me sacanear, ahhh isso tá!


Do amanhã ninguém sabe...

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Sem Carimbos


Deixo vocês com o texto maravilhoso da Rosana Hermann:


Somos todos inseguros.
Estamos sempre tentando provar a mesma coisa: que valemos a pena. Que somos bacanas, modernos, que demos certo na vida. Que merecemos estar aqui.Para oferecer provas a esse mundo que nos cobra diariamente, usamos de muitos artifícios como a aparência física e a cultura. Mas o conjunto de provas mais eficiente são as assinaturas que usamos.
Uma das mais famosas é o sobrenome que você usa, aquele que a empresa empresta para você. João da Microsoft, Maria da Globo, Ricardo da Vogue. Sobrenome de empresa é sempre forte. Mas passa.
Por isso as pessoas preferem sobrenomes que elas possam adquirir com seu dinheiro: as assinaturas de griffe.
Seu carro é uma assinatura. Ter uma Cayenne, uma Hilux, uma Ferrari, um Jaguar, são indicadores de triunfo.
Mas não basta ter dinheiro.É preciso ter bom gosto e bons amigos.
Bom gosto você compra com griffes para sua casa, por exemplo. Um objeto Philippe Starck, por exemplo, mesmo que seja só um espremedor de laranja, é um bom começo. Objetos de arte. Móveis assinados. Tudo conta.
E, claro, roupa, relógio, bolsa, etc. Até uma revista como a Caras dá o nome dos estilistas que assinam os vestidos de festa das celebridades.
São as assinaturas.
Lá vai você, ou eu, ou todos nós, andando com nossos logos, griffes, etiquetas. Orgulhosos, indicamos nossos prestadores de serviços carésimos para ostentar. Dentes by Dentista Fulano, cirurgias estéticas feitas por outro fulano, cabelo pelo Studio Tal, jóias de não-sei-quem.
É preciso também freqüentar. Ser convidado para festas de pessoas bem assinadas. Ser cool. Sair com pessoas descoladas. Ter o celular pessoal de gente chique. Fazer parte do mailing VIP de promoters badaladas.
É como se precisassemos de todos esses carimbos como 'vistos' de entrada e permanência no planeta Terra. Ou no topo da pirâmide social.

Mas quer saber? Não precisamos de nada disso.
Isso é coisa de quem acredita em criar dificuldades pra vender facilidades.
A gente não precisa de aval. Pode até comprar, gostar, curtir mas não precisa desses produtos todos.
Precisamos de muito pouco. E, considerando-se que não vamos levar nada faz mais sentido viver com pouco mesmo.
Compre pouco, use pouco, gaste pouco.
Não desperdice. Não ostente. Não tente ser mais do que você é. Não coma mais do que seu corpo precisa. Não tenha mais roupas e sapatos do que você necessita. Não colecione bobagens. Livre-se de tudo. Do peso, do medo, das marcas, das bengalas consumistas. Não tenha medo de ficar sem. Da privação. Do nada.
Experimente ser apenas você. Sem artifícios, sem sacrifícios, sem mentiras. Nem que seja só por um dia, uma vez, só nas férias. Aos sábados.
Mas tente descobrir quem está por baixo de todos os seus planos e intenções, das suas vestes, das suas fantasias, máscaras ou armaduras.
Talvez exista alguém melhor do que você imagina. Mais doce do que você pensa. Mais amável do que você tem sido.
Se der pra deixar o ego na segunda gaveta e sair à pé, melhor ainda.
Aprecie a paisagem.
Respire fundo.
Sorria.
Mesmo que você não esteja sendo filmado.
Estar vivo já é o sucesso.


Texto copiado do blog da Rosana Hermann: http://queridoleitor.zip.net/
Ilustração: Lilla

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Linha tênue e imaginária...


Ontem foi dia de entrevista com pacientes de um hospital psiquiátrico. Faz parte da disciplina de psicopatologia.
É sempre, literalmente, uma loucura!
Percebo o pânico de alguns colegas, diante de uma realidade chocante e muito próxima de nós e de nossa pretensa sanidade mental. Ali você descobre que a loucura está dentro da gente, em espreita constante, e esperando para se revelar. É uma linha muito tênue a que separa os dois mundos, é dificil entrar em contato com essa nossa fragilidade, mais uma coisa que não temos o menor controle, uma chaga narcisista...
Por algum motivo havia no ar uma agitação fora do comum. As mulheres estavam alteradíssimas, e por isso não conseguimos entrar no pavilhão. No pavilhão masculino foi difícil encontrar um paciente que não estivesse agitado ou com discurso inteligível.
O clima é sempre tenso, tento descontrair com alguns pacientes que nos abordam, mas é muito dificil. São muitas pessoas diferentes, vivendo seus sofrimentos psíquicos, em seus mundos diferentes, com sua normas e volições próprias.
O jaleco nos dá a falsa impressão de proteção, de respeito, mas na verdade estamos apenas exercendo mais uma forma de poder sobre eles.
Os olhares estão embotados e perdidos, alguns narram perseguições sofridas, outros contam suas alucinações, e todos, sem excessão contam abusos sofridos na infância, pai espancando a mãe, abandonos. Tragédias duras, mas cotidianas da miséria humana.
Me sinto triste, muito triste...Vejo o quanto as atuais condições socias, econômicas e etc, contribuem para este adoecimento em massa, não há para onde fugir.
Por ironia do destino, o ônibus que nos levou ao hospital precisou ser trocado, ficou completamente sem freios.
Voltamos calados e pensativos. Alguns tentam contar algum fato engraçado ocorrido na tentativa de aliviar o clima, mas não dá...quem conhece a vida ali dentro, não sai de lá sem se afetar, afinal a linha é muito tênue, quase não se vê.
e eu...? continuo humildemente na minha corda bamba.

domingo, 15 de abril de 2007

Freud e a Morte

-Setenta anos ensinaram-me a aceitar a vida com serena humildade.

(Quem fala é o professor Sigmund Freud, o grande explorador da alma. O cenário da nossa conversa foi uma casa de verão no Semmering, uma montanha nos Alpes austríacos. Eu havia visto o pai da psicanálise pela última vez em sua casa modesta na capital austríaca. Os poucos anos entre minha última visita e a atual multiplicaram as rugas na sua fronte. Intensificaram a sua palidez de sábio. Sua face estava tensa, como se sentisse dor. Sua mente estava alerta, seu espírito firme, sua cortesia impecável como sempre, mas um ligeiro impedimento da fala me perturbou. Parece que um tumor maligno no maxilar superior necessitou ser operado. Desde então Freud usa uma prótese, para ele uma causa de constante irritação).

Freud: Detesto o meu maxilar mecânico, porque a luta com o aparelho me consome tanta energia preciosa. Mas prefiro ele a maxilar nenhum. Ainda prefiro a existência à extinção. Talvez os deuses sejam gentis conosco, tornando a vida mais desagradável à medida que envelhecemos. Por fim, a morte nos parece menos intolerável do que os fardos que carregamos.

...no fim da entrevista Freud: Não me faça parecer um pessimista (disse ele após o aperto de mão). Eu não tenho desprezo pelo mundo. Expressar desdém pelo mundo é apenas outra forma de cortejá-lo, de ganhar audiência e aplauso. Não, eu não sou um pessimista, não, enquanto tiver meus filhos, minha mulher e minhas flores! Não sou infeliz - ao menos não mais infeliz que os outros.


Texto copiado do blog do Dr. Claudio (Pras Cabeças) que por sua vez copiou do site da SPRJ.
Link para entrevista completa: http://www.sprj.org.br/2007/publicacoes_reportagens.php?reportagem=2646
Entrevista concedida ao jornalista americano George Sylvester Viereck, em 1926

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Certas canções que ouço,cabem tão dentro de mim, que perguntar carece: como não fui eu que fiz??


Gorda?Uma Crônica bem humorada... (sobre regime)!!!

Tenho dois grandes problemas em relação a meu peso:

1 - Dificuldade de emagrecer e 2 - Facilidade de engordar.

Em algum lugar do meu DNA implantaram um gene de urso polar e meu organismo sempre tem a sensação de que eu vou hibernar durante seis meses e, assim, resolve guardar tudo o que como pra sobreviver ao inverno.

O problema é que a vida do urso polar é só inverno.Sem contar que eu devo ter um sério distúrbio oftalmológico, ligado ao acúmulo de gordura, porque basta eu olhar para uma lasanha que minha bunda aumenta.

Claro, ao longo da vida já engordei, emagreci, engordei, emagreci, como qualquer sanfona histérica. Nada de tão grave que me impedisse de virar a roleta no metrô com uma pequena ajuda ou que me fizesse entalar na roda-gigante.

O caso é que nesse engorda-emagrece engorda-emagrece, eu parei por último no engorda.
O problema é que passar a vida inteira preocupada com o peso é um porre.
E a pior parte é ouvir as mesmas soluções e receitas de dieta que você não vai fazer, como: "Comer muita fruta, muita verdura, cortar massas e suspender o açúcar".

Ah, então tá. Vamos cortar as massas.Pega a tesoura, por favor, que eu vou picotar o espaguete e já volto.O açúcar eu vou guardar em cima do armário prá ficar suspenso.
As frutas eu vou comer, todas, como um bom abacatesão e uma jaca gay.

Vamos deixar de ser hipócritas, o mundo ocidental, capitalista, foi projetado para produzir gente gorda. Você vai na lanchonete e tudo é gorduroso, calórico e cheio de açúcar. Pra disfarçar eles vendem uma daquelas saladinhas transgênicas cuja embalagem é mais saudável que o conteúdo.
Em qualquer lugar do planeta, na padaria, no posto de gasolina, na banca de revistas, você pode comer salgadinhos, bala, chocolate, tudo que engorda. Ninguém nunca viu um pacote de cenoura picada, pepino em rodelinha, talos de salsão na boca de caixa da padaria.

Porém, não é só a ingestão da comida que é programada para deixar você obeso e infeliz:Todo o marketing da indústria do emagrecimento foi construído para mentir e levar seu dinheirinho.

As modelos que vendem aparelhos de ginástica, fazem lipo, botam silicone e depois vão dizer que foi aquela cadeirinha super-duper-lipo-sculpt, em quatro parcelinhas de xis e noventa e nove, que fez com que ela ficasse com aquele corpinho.

O apresentador toma remédio pra emagrecer, faz uma plástica e depois vende diet-sucos pra enganar você. Quem nasceu magro, seja magro de ruim ou magro de fome, está na vantagem.Vai economizar muito dinheiro, tempo e sanidade mental.

Quem tem tendência a sair rolando, sabe como é o momento de enfrentar a balança do banheiro. Primeiro você tira a roupa, o sapato, a meia, e sobe na balança (eu tiro tb a piranha do cabelo e os óculos de grau, mas daí, na hora de ver o peso sem os óculos, sempre acho que estou vendo errado. Não acredito naqueles quilos todos.

Aí você faz xixi, escova os dentes, corta as unhas, pra se livrar de mais alguns gramas e sobe na balança de novo... Nada! O ponteiro já está rindo da sua cara e não sai do lugar. Você resolve botar mais coisas pra fora.Chora, corta o cabelo, tira a sobrancelha, depila as pernas, arranca uma obturação. Nada!
Dá vontade de pular da janela, mas morrer gordo e pelado é o pior vexame (HHHHHHAAAA!).Melhor ficar vivo com uma roupinha larga.

Você volta, se veste e sai do banheiro se sentindo uma pizza de ontem grudada na tampa, um lixo, um nada. Mas, dizem que enquanto há vida há ex-pelancas e para tudo há uma solução.
É só você fazer reeducação alimentar. Ah, bom!Era isso... Falta de educação.

Agora sim, vou dividir minhas horas do dia, fragmentar as refeições, ingerir mais proteínas do que carboidratos, trocar o açúcar por adoçante e tudo vai dar certo. Sim, porque no fim, você vai ao spa, faz uma lipo, bota uma prótese.

Se não der certo, você grampeia o estômago, costura a boca e amplia o reto!Você vai ver que fácil vai ser, você vai ficar magro, direto!

"O que eu faria com uns 'quilinhos' a menos'?Sairia correndo pra dar um soco na cara do imbecil que criou esse comercial! Aproveitando o nome do remédio já faço a rima: vá K-gá (hahahahahahahaha) no matagal!!!
Agora, com licença que eu tenho que sair pra caminhar.Sabe, fazer exercícios queima calorias... Emagrece... Ou pelo menos, desengorda!

(A.D.)

Recebi esse texto pela internet. Adorei! Mas, infelismente não sei que é a autora.

Ilustração: Cantora em Equilíbrio - Mozart Guerra

domingo, 1 de abril de 2007

Fusión




¿Dónde termina tu cuerpo y empieza el mío?
A veces me cuesta decir.
Siento tu calor, siento tu frío,
me siento vacío si no estoy dentro de tí.
¿Cuánto de esto es amor? ¿Cuánto es deseo?
¿Se pueden, o no, separar?

Si desde el corazón a los dedos
no hay nada en mi cuerpo que no hagas vibrar.
¿Qué tendrá de real
esta locura?
¿Quien nos asegura
que esto es normal?
Y no me importa contarte
que ya perdí la mesura
que ya colgué mi armadura en tu portal.
Donde termina tu cuerpo y empieza el cielo
no cabe ni un rayo de luz.
¿Que fue que nos unió en un mismo vuelo?
¿Los mismos anhelos?
¿Tal vez la misma cruz?
¿Quien tiene razón?
¿quien está errado?
¿Quien no habrá dudado
de su corazón?
Yo sólo quiero que sepas:
no estoy aquí de visita,
y es para ti que está escrita esta canción.


Este post vai para um querido amigo.

Canção de Jorge Drexler - Cd Eco (Não me canso de escutá-lo!!)
Link para youtube: http://www.youtube.com/watch?v=nN5mx6-U7HE